Mais uma vez, começa o Brasileirão. Da série A e da série B. Cada time mineiro com sua realidade, suas metas, seus problemas e soluções. Conforme o esperado, foram jogos sem tanta técnica como nos grandes jogos europeus, nem com tantas raça e emoção como nos jogos da Argentina ( os quais assisto vez ou outra), mas foram bons jogos, dentro do que se pode esperar, com bons jogadores, dentro das expectativas traçadas, e, novamente, com os juízes totalmente dependentes do VAR. É verdade que sem a demoooooora como se viu nos campeonatos regionais, mas bastante inconvenientes.
É fato: a primeira rodada não é parâmetro para o restante do campeonato; mas, é o primeiro passo para quem possui qualquer mínima pretensão. Assim, é possível visualizar algumas qualidades, muitos defeitos e, precipitadamente, traçar algumas ideias de como deve transcorrer o Brasileiro para os Mineiros. Certamente que o América será um dos favoritos ao acesso, embora tenha perdido a primeira partida e ainda não esteja com um time sólido; o Atlético tem um caminho se clareando a sua frente, bastando que o presidente- e a sua cúpula- enxergue ( o que parece difícil); enquanto o Cruzeiro pode ir ao longe, se Mano não teimar e inventar.
É verdade que o América perdeu a primeira partida, fora de casa. Mas, também é fato que o Coelho já aprendeu o caminho para Série A, precisando, conforme disse o Salum, aprender a se manter na elite. Se o segurar o velho Giva até o fim, com uma ou outra contratação de porte, o time sobe à série A. Tomara que para não cair novamente. E isto me lembra o União São João de Araras, que, na década de noventa, mais parecia uma gangorra, subindo num ano, para cair no outro (não sei se no Nacional ou no Estadual) até desaparecer quase que por completo.
O Galo venceu a primeira no Nacional. E isto é de suma importância para um time em crise existencial. A chegada de um novo técnico é importante, mas, talvez não seja o primordial. Santana não se mostrou um mal escalador, assim como parece gozar da simpatia dos atletas alvinegros. E a verdade seja dita: o Galo possui jogadores capazes de, se quiserem, ir longe no Campeonato Brasileiro, lutando pela Libertadores e ( por que não?!) brigando pelo título; afinal, Víctor, Luan, Elias, Réver, Fábio Santos e Ricardo Oliveira são todos "macacos velhos", letrados no futebol. Assim, talvez, a própria efetivação do interino seja uma boa, sendo necessário o tão falado "fechamento" do time, torcendo pela manutenção da boa fase do Geovânio (com mais gás), pela boa vontade do Cazares (um craque sem grandes pretensões) e pela chegada de dois ou três reforços de peso, que cheguem e tomem conta de suas posições. E que os deuses do futebol ajudem o Galo!
O Cruzeiro perdeu para o Flamengo, No Rio de Janeiro. Uma derrota normal para um postulante ao título. Um tropeço importante, para mostrar à Raposa que o time não é tudo o que pintaram, mas que pode, sim, ser campeão nacional; desde que o Mano não invente. Por mais que peçam um futebol bonito, o Cruzeiro acostumou-se com o chamado "Manobol" e tem se dado bem desta maneira, ganhando títulos. Que as contratações ajudem o time a se fortalecer, mas que não tirem a cara do time, afinal, se puder, deve-se jogar bonito e ganhar; se não, vencer é o principal. E assim se vai ao longe. Tenho dito!
