sexta-feira, 2 de outubro de 2020

CRÔNICA DE SEXTA

 

Outubro começou pegando fogo, quase que literalmente. Em meio à Pandemia do Corona vírus e com este calor quase insuportável, o melhor mesmo é ficar em casa; se bem que, na maioria das urbes, parece mesmo que não existe qualquer doença ameaçando as nossas vidas e, por isso, pensam alguns, nada mais chamativo que um refrescante banho de rio, acompanhado de algumas latas de cerveja.

Os barezinhos já andam tomados de jovens, bebendo, dançando, abraçando-se; calorosamente, dando brechas para o azar. No Amapá, o público começou a voltar para os estádios. Eram poucos na verdade, e com protocolos a serem cumpridos; mas, convenhamos, como controlar um monte de aficionados em meio às arquibancadas?! O resultado foram aglomerações, beijos e abraços irresponsáveis.

Ainda em meio ao calor e o vírus, estão chegando as eleições, com nossos políticos simpáticos, carinhosos e pegajosos, com todos os seus apertos de mão, seus abraços e suas conversas cuspidas intermináveis, sempre esperando por um copo de suco, uma xícara de café, alguns pedaços de bolo e pães de queijo. Coisas que acontecem a cada dois anos e que, sinceramente, poderiam, muito bem, esperar pela vacina contra o Corona.

Por fim, estão prestes a voltarem as aulas ( assim como o comércio, as missas, os cultos, os bares...). Por enquanto, voltarão, às salas de aula, os adolescentes; que, seguindo os rígidos protocolos do governo estadual, sob os olhares atentos de nossas escolas cheias de dinheiro e capacitação para investir em equipamento de proteção, exercerão facilmente a sua capacidade de se manterem distantes uns dos outros, munidos de máscaras e cuidado, como lhes é de praxe. (Só que não!).

É verdade, Outubro começou pegando fogo. E, neste calor, em meio à pandemia, chegando as eleições, O melhor é apegar-se à fé e cuidar para que nenhum desses três nos causem maiores problemas. E tenho dito!