MANUFATURAS
A poesia, o pó, o giz.
A veloz máquina
Corta a estrada.
Monossilabicamente
A máquina anda.
Estranhamente
Sinto o tempo passar.
Não só o tempo passa:
Passa o ônibus
Passa a poesia
Passa o sonho
E a vida passa
Como se tudo fosse
Milimetricamente
Um passe de mágica.
Elismar Santos Luís Pires de Minas, 12/03/2009
O POEMA MAIS ANTIGO
Uma chuva mansamente
Feito um abraço materno.
O carrinho de bois de barro
Cortando o barro preto da terra.
Um olhar eterno para o além
Sobre o caixão e a cama prostrada.
O cavalete plantado sob a goiabeira
E os dois dependurados na brincadeira.
Elismar Santos Montes Claros, 24/03/2009
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