BRICABRAQUE
Os fantasmas corjesuenses vez-ou-outra aparecem
Vêm de além-nave e pousam no além-porto
Saltam de mansinho que é pra não acordar
E andam pela noite de casa em casa de conhecidos
Que é só pra papear, contar causos, falar de cousas
Alheias, cousas passadas e tempos idos.
Os fantasmas corjesuenses não têm medo de vivos
Contam causos de assombração e pitam cigarros de palha
Enquanto quentam o cafezinho de denoitinha.
E o principal passatempo dos fantasmas corjesuenses
Enquanto esperam a hora de voltar pro além
É jogar um belo de um carteado apostando vidas e casas
Enquanto observam a fantasminha mais moça
Que é gostosa e fala bonito pra cacete.
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