BELO HORIZONTE
Final de semana passado estive em Belo Horizonte. Passeei pela Afonso Pena, pela Bahia, Amazonas; tirei fotografias na praça da estação; fiz compras no Oiapoque; Admirei o prédio do Conservatório; viajei pelo centro de BH e, indescritivelmente, pelo passado de Minas.
Para muitos a capital mineira é apenas mais um ponto de compras, com roupas, sapatos, bolsas e outros produtos a preços módicos. Para este cronista aquela cidade é o símbolo da boa Literatura e música de qualidade, o ponto de encontro entre a tradição e o moderno, com um jeitinho mineiro de ser.
Um colega de quarto com um nome diferente – Menderson- foi quem deu a deixa: “Em toda esquina que se vai nesta cidade, logo se vê um boteco”, eis o espírito boêmio de nossa Capital. Boemia que se transforma em poesia, em prosa, numa dose de pinga e um bate papo tranqüilo com alguns conhecidos.
E pensar que pelas ruas que humildemente passei, passos ilustres foram dados por Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sabino, e vários outros escritores, todos com os pensamentos em intensa ebulição, às voltas com um personagem, uma cena, uma ideia louca para se jogar numa folha de papel e ganhar vida eternamente.
Subi a Rua da Bahia, desci a Amazonas, fiz o caminho inverso, refiz todo o itinerário e, a cada volta que dava, maravilhado, notava que todos os escritores mineiros caminhavam comigo. Todos juntos, cheios de ideias, cheios de vida.
Coração de Jesus, 13/09/2010
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