PRIMEIRA POESIA EM BRASÍLIA
A poesia me vem em forma de nuvem
Numa quente tarde Agustina
Em que Lenine canta versos tristes
E uma escura névoa toma-me o peito.
É uma poesia acinzentada
Áspera e lúcida
Concretamente construída
Sob os olhares atentos de Juscelino
Escrita em retilínea, sem curvas
Sem paixões sem gotas ilusórias.
Como que executivamente elaborada
Joga-se na folha virtual
E constrói-se pioneiramente
Com a frivolidade que lhe é própria
E a dureza que me vem à mente.
Termina-se a si mesma de súbito
E adentra-me a alma
Como que em busca de inspiração
E eis que jogo-lhe um pouco de alma
E um tanto de minha dor
Fazendo-se, assim, a poesia
Primeira de meu ardor.
Elismar Santos, 31/08/2011
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