segunda-feira, 23 de abril de 2012

O PASSAGEIRO


O PASSAGEIRO



Ao sair, ainda de madrugada, a mulher e o bebê dormiam. Não quis acordá-los, por isso, saiu em silêncio; sem dar um beijo, sem dizer um adeus. A lua estava bonita àquela hora e, do outro lado, os primeiros raios solares começavam a clarear o céu, como um holofote que vai se acendendo lentamente.
O ponto de ônibus era próximo, o problema era a superlotação. Tinha que andar espremido, balançando de um lado para outro, pisando nos pés dos vizinhos, sendo pisoteado por eles. Alguns se estressavam, diziam palavrões, reclamavam da vida, xingavam. Ele não. Ficava no seu canto, silencioso, cabisbaixo, ensimesmado.
O motorista tinha a cara fechada, como se estivesse de mal com os passageiros; não dizia um bom dia, um alô, apenas exercia, brutalmente, a sua função. Ele sim. Dizia um bom dia tímido, mas cheio de veracidade. Tinha esperança de que um dia tudo haveria de melhorar, de que num belo dia tudo haveria de se transformar.
Ele sonhava com uma casa maior; com o dia que teria dinheiro suficiente para levar o filho ao jogo do Flamengo; com o dia em que teria um carro novo; com o dia em que seria feliz. Agora eram só reclamações da mulher, pedidos não realizados do filho e todo aquele sofrimento para chegar ao trabalho.
Enquanto o ônibus virava, velozmente, as esquinas, ele sonhava; criava e recriava a casa que seria sua, igual àquela que via na novela, com uma piscina e um campinho de futebol. Imaginava a alegria do filho ao ver os grandes jogadores, os quais ele fingia ser nas peladas que jogava na rua cascalhada de casa. Sorria ao pensar em sua mulher feliz, enchendo sua face de beijo ao receber os vários presentes que traria todos os dias.
Sonhava de olhos abertos e com um grande sorriso nos lábios, quando o ônibus deu uma freada brusca. Um passageiro lá no fundo soltou um palavrão gostoso, como se aquilo matasse toda a sua ira. O motorista levantou-se e veio caminhando ao encontro do mal educado. Todo dia era do mesmo jeito. Ficariam por mais de meia hora naquela pendenga. Pediu que o cobrador abrisse a porta; desceu e seguiu seu caminho a pé. Apertada entre os que ficaram, sua esperança tentava sair para seguir ao seu lado.

Um comentário:

  1. ALÉM DE NÓS, SERÁ?

    Estive conversando, em um bate papo, com um amigo meu, quando ele me disse, ter visto um óvni na noite de sexta feira na comunidade de São Roberto, Município de São João da Lagoa MG. Eu sem saber direito do que ele estava falando, brinquei: “você viu um ovo”! Mas logo ele entrou em detalhe: “não! Eu vi uma bola de fogo, com uns círculos em sua volta”. Pensei que ele estava brincando comigo, mas diante do bate papo, percebi que ele estava falando mesmo a verdade, ainda mais quando ele disse que estava com um grupo de professores que também presenciou o ocorrido.
    Confesso que em toda minha vida eu nunca presenciei nada deste tipo, apenas ouvi histórias contadas pelas pessoas. Mas será mesmo que nós não estamos sozinhos neste mundo? A cada dia podemos acompanhar na mídia, novas descobertas cientificas, e também novas possibilidade de encontrar vida fora da terra, os ufólogos que são profissionais que estuda sobre o caso de objetos não identificados, dizem que “muitos casos já foram registrados no mundo, através de fotos e vídeos, muitos deles não foi possível esclarecer sobre o que realmente tratava”, mas muitos casos segundo eles, “são cometas, balões de fogo, que as pessoas ver, e julgar ser óvni”.
    Fiquei impressionado com o que ele me relatou, não ignoro o que ele viu, se foi verdade ou não, o que me deixou intrigado e o fato destes episódios sempre ter existido, e a comunidade científica mundial, nunca ter dado um parecer sobre estes casos, será que eles já possuem algo em suas mãos e já estão estudando? Não sei. O que sei e que casos como este deixa muita gente intrigada, sem saber o que possa existir além de nós.


    Dionísio Alves Lima

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