segunda-feira, 7 de abril de 2014

INSTANTE

Matutamos por muito tempo
Labutamos por toda a noite
Briquitamos por toda a vida
E morremos por um instante.

Restaram-nos as dores
Sobraram-nos o silêncio
E a falsa ilusão moral
de que nada persistira.

Eis que nos jogamos
Digladiamos solitários
E perecemos sozinhos

Como se a poesia inerte
E os sorrisos sarcásticos
Fossem apenas o nosso fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário