Matutamos por muito tempo
Labutamos por toda a noite
Briquitamos por toda a vida
E morremos por um instante.
Restaram-nos as dores
Sobraram-nos o silêncio
E a falsa ilusão moral
de que nada persistira.
Eis que nos jogamos
Digladiamos solitários
E perecemos sozinhos
Como se a poesia inerte
E os sorrisos sarcásticos
Fossem apenas o nosso fim.
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