Nesta quarta-feira, dia da
água, resolvi andar de bicicleta pela orla da lagoa e, para minha alegria, ela
estava transbordando. Para evitar acidentes, o ladrão ajudava no escoamento
fluvial, criando um belo espetáculo do outro lado do aterro, com uma pequena
cachoeira artificial. É uma pena que, se as chuvas não continuarem a cair, até
o final do ano, as águas estarão bem abaixo do desejável.
É sempre a mesma coisa: no
início do ano, a lagoa fica cheia, vistosa, sempre convidativa a uma prazerosa
olhada. Com o passar do tempo, porém, as águas vão secando, secando, até que se
possa caminhar por boa parte dela, quase até o meio, sem molhar ao menos os
calcanhares. E o pior, tudo isso é nossa culpa.
O problema começa pelas
nossas pequenas ações: gastamos água excessivamente, sem nos preocuparmos com o
futuro, poluímos as ruas, os rios; temos a certeza de que os nossos atos, por
serem minúsculos, não afetarão os rios, os córregos, os lençóis freáticos.
Depois, têm os fazendeiros e
sitiantes, que represam a água que deveria abastecer a lagoa, para irrigar suas
plantações, criar suas criações, entreterem-se nos dias de calor e nos finais
de semana. Sem contar que muitos destes desmatam as margens dos córregos,
contribuindo para o seu assoreamento.
É fato, os políticos também
têm a sua culpa, quando não criam projetos, nem realizam ações para que nossos
córregos e rios sejam preservados. Isso também deveriam ser prerrogativas dos
nobres representantes da sociedade, mas, poucos são os sabedores, ou
interessados nesse assunto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário