quarta-feira, 22 de março de 2017

NOSSAS ÁGUAS, NOSSO FUTURO!

Nesta quarta-feira, dia da água, resolvi andar de bicicleta pela orla da lagoa e, para minha alegria, ela estava transbordando. Para evitar acidentes, o ladrão ajudava no escoamento fluvial, criando um belo espetáculo do outro lado do aterro, com uma pequena cachoeira artificial. É uma pena que, se as chuvas não continuarem a cair, até o final do ano, as águas estarão bem abaixo do desejável.

É sempre a mesma coisa: no início do ano, a lagoa fica cheia, vistosa, sempre convidativa a uma prazerosa olhada. Com o passar do tempo, porém, as águas vão secando, secando, até que se possa caminhar por boa parte dela, quase até o meio, sem molhar ao menos os calcanhares. E o pior, tudo isso é nossa culpa.

O problema começa pelas nossas pequenas ações: gastamos água excessivamente, sem nos preocuparmos com o futuro, poluímos as ruas, os rios; temos a certeza de que os nossos atos, por serem minúsculos, não afetarão os rios, os córregos, os lençóis freáticos.

Depois, têm os fazendeiros e sitiantes, que represam a água que deveria abastecer a lagoa, para irrigar suas plantações, criar suas criações, entreterem-se nos dias de calor e nos finais de semana. Sem contar que muitos destes desmatam as margens dos córregos, contribuindo para o seu assoreamento.

É fato, os políticos também têm a sua culpa, quando não criam projetos, nem realizam ações para que nossos córregos e rios sejam preservados. Isso também deveriam ser prerrogativas dos nobres representantes da sociedade, mas, poucos são os sabedores, ou interessados nesse assunto.

Não adianta, portanto, jogar a culpa neste ou naquele indivíduo. Todos nós temos a nossa parcela de culpa. Dessa forma, cabe a cada um de nós cumprir o papel que nos é devido. Hoje a lagoa estava cheia, com suas águas descendo pelo ladrão, mas, talvez, daqui a pouco tempo, nem mesmo teremos água para beber, se não fizermos o que nos é obrigação. E tenho dito!

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