O Jerônimo, direto de Ouro
Preto, dissera algo parecido, e é verdade: os políticos que temos são o retrato
da nossa sociedade. Fosse o Arnaldo ou o namorado da Gilda (e espero que este
tenha se casado com a amada, pois dos mesmos nunca mais obtive qualquer
informação) teriam dito a mesma coisa. É bem verdade que a maioria de nós
concordamos com o pensamento do ouro-pretano, mas é fato, também, que muitos
não se atrevem a aceitar tal colocação: seria rebaixar-se demais ao comparar-se
aos nossos políticos.
Com o advento da internet e,
consequentemente, o boom das redes
sociais, o modismo tem tomado conta das nossas vidas e, agora, é moda sentirmos
vergonha dos nossos políticos, sendo que esta tende a aumentar para um lado ou
outro, dependendo das circunstâncias em que nos encontremos. Portanto, é comum
que, às vezes, a maior parte dos politizados das redes sociais envergonhem-se
dos políticos de esquerda; enquanto, em outros momentos, sintam-se
envergonhados pelas ações da direita.
É fato que não existe político
incorruptível. Assim, convém-nos envergonharmos de todos. Alguém, em algum
ponto da história (sou péssimo em datas), afirmou que “cada um tem seu preço”
e, como somos esse “cada um”, é preciso que saibamos o nosso, para que nunca o
alcancemos. Da mesma forma, é preciso que deixemos os modismos de lado e
conheçamos, de fato, os nossos políticos, para que possamos renovar as nossas
instituições políticas e, sobretudo, construirmos um novo rumo para o nosso
país.
Renovar é necessário. Mas,
para que isso aconteça, é importante que toda uma cadeia de ações seja
transformada, sendo necessário começar muita coisa do sério. Acredito que a
Educação seja a base para que uma revolução (natural e sem qualquer sentido
agressivo) possa acontecer. Não obstante, para que esta Educação cumpra o seu
papel, é preciso que também os mestres convirjam a um objetivo único: a evolução
social.
O Arnaldo, com toda a sua inocência
cortante, diria que tudo isso não passa de uma imensurável utopia. Que seja,
mas, somente com estas ilusões é que podemos transformar o Brasil. Não adianta
querer renovar com o que já está podre, pois, convenhamos, mesmo os nossos
novos políticos já estão impregnados com as velhas manias políticas. O adequado
seria dar um reset e ver se tudo
resolve; se não, só outra encarnação. E tenho dito!
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