Assim como já devem ter feito vários
leitores, por mera curiosidade, resolvi, já às portas do Carnaval, pesquisar a
origem desta tão decantada festa. Em outros tempos, desnudo dos inúmeros meios
tecnológicos que atualmente nos empanturram com uma imensidão de informações,
às vezes úteis, mas quase sempre sem qualquer importância, recorreria às, já
relegadas ao ostracismo da última prateleira da biblioteca, pré-históricas
Enciclopédias Barsa.
Conforme esperado, não foram necessárias
grandes buscas até encontrar as informações pretendidas. Sem precisar procurar
por minúsculos tópicos nas páginas amareladas dos grossos livros de capa vermelha,
vislumbrei no primeiro link encontrado (da revista Super Interessante) as
informações pretendidas. Ei-las:
. Ao contrário do que muitos pensam, o
Carnaval, assim como o futebol, não é uma ideia brasileira; já sendo
encontradas festividades parecidas às atuais na Roma Antiga, quando os cidadãos
romanos, em exaltação a Saturno, o deus da agricultura, realizavam as “Saturnais”.
. Diferente dos Carnavais atuais, as
Saturnais aconteciam em dezembro; também contando com animados bloquinhos. As
festas duravam uma semana, com todo mundo de folga e, assim como hoje, eram extremamente
comuns as orgias e bebedeiras durante as festividades.
.Também eram comuns as participações de
mulheres e homens nus desfilando em carros alegóricos, que se chamavam “Carrus
Navallis”, por ter o formato semelhante aos navios. Daí, talvez, o nome dado às
festas atuais. Em tempo, a revista afirma que a expressão acabaria por ser “ressignificada”
durante a Idade Média, passando à nomenclatura “Carne Vale” (Adeus à Carne) e
mudando a sua realização para os últimos dias antes da Quaresma.
A revista ainda traz diversas outras
informações úteis aos curiosos de plantão; no entanto, ficou-me na cabeça a
tentativa de imaginar os carnavais daquele tempo, faltando-me talvez a
sapiência necessária para responder algumas perguntas que, creio eu, ninguém
haveria de perguntar; tais como: quais seriam os grandes hits das Saturnais?
Quem vendia os abadás? Quais foram os Reis Momos mais famosos daquela época?
Creio que estas, assim como diversas outras
inutilidades, são perguntas que nunca haverão de ser respondidas; nada que
afete o andamento das nossas festas; nada que intimide os nossos descolados
foliões; afinal, o que importa é cair na folia, sem se esquecer de que na
quarta-feira de cinzas talvez tudo volte ao normal.
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