Hoje, ao acordar, abri a janela e vi que o sol brilhava intensamente. Se bem que aqui na Capital é sempre intenso o brilho solar. Mas esse era um brilho diferente, como que poetico, comemorativo. Lembrei-me, então que fazia anos hoje o poeta catrumano Jurandir Barbosa. O que se poderia de esperar de um sujeito nascido no sertão norte-mineiro, no mesmo dia que o grande escrito Jorge Luis Borges, criado pelo mundo em busca de amores e de sonhos? Nada mais que poesia.
Pensei fazer-lhe um bolo de aniversário; convidar para uma cerveja depois do expediente; promover um recital de poesias em comum acordo com o Aroldo e tantos outros poetas de Minas que vivem em roda, ainda que não em corpo, deste poeta cheio de atritos. Mas como fazê-lo, se nem ao menos o conheço. Conheço sim; somos amigos de longas datas, de tantas poesias e inspirações. Todos os poetas o são, muito embora tantos de nós- assim como o Jurandir- nunca tenham se falado pessoalmente. Não precisa, a poesia é circunspecta, intima, e, num só tempo, universal.
O Cara de tantos lugares encontrou-se (?) numa cidade desvairada, cheia de facetas, de caretas, de poesias; numa pauliceia que se cria a todo instante feito uma Torre de Babel e, indistintamente, inspira a cada poeta a refazê-la do seu modo, em sua poesia. Jurandir a constroi diariamente, para depois destruí-la em meio aos atritos do sertanejo que carrega no peito e, como um construtor das letras, reconstruí-la em forma de poesia.
Os recitais poéticos, a cerveja depois do trabalho e o blo de aniversário fica para depois, talvez esperando a inspiração do destino para o dia em que possamos, todos os poetas catrumanos, encontrarmos em volta de uma única poesia sertaneja. Por enquanto, ficam os parabéns e as felicitações deste poeta-amigo ao nobre poeta e seus Atritos!
ô poeta irmão, que lindo. gratidão
ResponderExcluirnão tinha lido ainda e feliz demais
abraço grande aí e vamos para uma cerveja no próximo psiu