sábado, 21 de janeiro de 2012

HAPPY HOUR

Ela chegou de mansinho e deu-lhe um beijo gostoso na nuca. Arrepiou-se, virou-se para ela e deu-lhe outro beijo.Ambos saíram de mãos dadas, sob os olhares invejosos dos  amigos. Foram para o apartamento dela; tomaram banho de banheira e foram para a cama. Era uma cama de mola, macia, gostosa. Ela também era, não de mola, macia... gostosa.
Não digo que se amaram. Apenas fizeram amor.As luzes acesas, para que ele a pudesse contemplar pelo espelho do teto. Como o seu corpo era bonito! Era morena, de uma pele clara, sem pelos, sem sobressaltos. Não era nenhuma menina, sem, contudo, ser uma velha. Era, de fato, experiente. Fê-lo viajar por vários momentos, esquecer dos problemas, das dívidas, das derrotas do seu time... (Quem haverá de pensar em derrotas nesse instante!).
Era magra, sem ser esquálida. Os olhos eram grandes... E ela fazia barulho quando transava... E isso quase o matava de tesão. Queria ficar a noite toda junto dela; sentir aquele corpo sobre o seu, os lábios dela tocando a sua boca, descer-lhe pelo pescoço, peito, barriga... Queria senti-la em sua alma. Não. Não podia. Estava na hora de ir embora, voltar ao mundo real.
Brincaram um pouco mais. Não pôde deixar de ver que ela tinha uma tatuagem bem abaixo do umbigo. Um anjinho, meigo, carismático, esfuziante. Quis perguntá-la qual o significado; perguntá-la se tinha gostado; saber quando poderiam se encontrar novamente. Não teve tempo; já estavam batendo na porta, havia acabado o seu tempo. Tirou o dinheiro do bolso e a entregou. Vestiu-se e saiu porta à fora. Em casa sua mulher o esperava com o jantar e um barrigão de oito meses.

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