@ElismarSantos
Algo está errado e, talvez, vocês estejam confundindo as coisas. Futebol é, antes de tudo, uma grande brincadeira; um passatempo sem compromisso, sem pressão, sem cobranças. Pelo menos é assim que deveria ser. Ou não?
Posso afirmar, com certeza, que um dia joguei no Real Madri. Numa das suas primeiras formações. Primeiro era UNIÃO; mas, como havia muitos homônimos pela cidade, achou-se por bem rebatizá-lo com o nome pelo qual ficou conhecido. Era o nosso folclórico Real Madri. Por ele ganhamos títulos; na verdade, pequenos torneios que disputávamos pelas redondezas; sem cobrança, nem estresse.
O nosso técnico ainda não era o Mourinho e sim o Alex, ou Lega Luxemburgo. E não é que o cara entrava em campo com terno, gravata e saía jogando balas para a torcida. Afinal, a vida era mesmo um doce naquela época. Todos éramos adolescentes e o futebol era apenas mais uma das nossas tantas diversões.
Numa manhã chuvosa de Domingo, fomos disputar um amistoso em São João da Lagoa, contra um dos times de lá. Era um jogo tenso, pegado, suado. O técnico não aguentou o calor da beirada do campo e transformou-se em um dos nossos zagueiros. O outro era este cronista. E já perdíamos de uns quatro a zero, quando, como num passe de mágica, eis que aparece um de nossos atletas, à beira do campo, com uma garrafa de pinga debaixo o braço. Foi isso mesmo o que aconteceu, não sobrou nenhum jogador dentro o campo. O juiz deu o jogo por encerrado e começou a festança.
Assim deveria ser o nosso futebol: sem empresário, sem milhões de Euros. Apenas com a magia e a beleza do futebol. A mesma magia que, nos tempos de criança e adolescência, embala-nos e faz com que vivamos caa momento como se fosse o último. E que sabe se não será?!
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