terça-feira, 17 de abril de 2012

A BELEZA DOLORIDA DO ENTARDECER


A BELEZA DOLORIDA DO ENTARDECER

@ElismarSantos

O horizonte escondia o sol, deixando entrever, por entre as nuvens, que quase tocavam o chão, apenas os últimos raios que subiam ao céu. Eram raios fracos, pálidos, mas ainda dotados de encantadora beleza, pintados, como que à mão, em cores azuis, violetas e róseas.
As pessoas passavam apressadas e não tinham tempo para observar àquela cena poética. Apenas eu, pobre mortal, tomado por sensibilidade e tristeza, enamorava toda aquela inspiração, enquanto seguia lentamente o meu caminho.
Ao longe, algumas pessoas corriam. à minha frente, duas mulheres gordas andavam de bicicleta; enquanto, atrás de mim, três mocinhas voltavam da escola, contando casos de namoricos, de adolescências, de puerilidades.
O asfalto enegrecido acentuava ainda mais a beleza dos últimos raios solares. Enquanto isso, todos seguíamos o nosso caminho; os outros alheios à beleza do entardecer; eu alheio à vida e suas ilusões, encantado pela tarde que partia e apaixonado pela noite que chegava lentamente, feito a dor que nasce no peito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário