sábado, 5 de maio de 2012

O HOMEM OLHANDO A LUA

   A tarde caía lentamente e o sol, todo preguiçoso, teimava em não ir embora. Era um sol bonito, grande e brilhante, como se fosse a própria metafísica, se não uma conotação inspirada.
    O único inconveniente era o fato de este não ser o seu dia. Há muito já haviam reservado esse espaço a lua. Disseram que hoje ela estaria mais próxima, mais rechonchuda, mais chamativa. E ela veio, também de forma lenta, empurrando, a contragosto, o astro-rei.
    O Cheloni havia me delegado a feitura de uma crônica sobre a gordinha. Pobre Renato! O cara é um eterno apaixonado, um incorrigível! Mas, convenhamos, a lua está mesmo apaixonante; uma adolescente a desabrochar nesta noite fria outonal!


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