Enquanto
a nossa seleção sofria para bater os aplicados croatas, na abertura da Copa do
Mundo, em São Paulo, o pau comia solto Brasil a fora. Os protestos não foram
tão veementes como durante a Copa das Confederações, mas, chamaram a atenção da
grande mídia. No estádio do Corinthians, a presidente foi vaiada com solidez,
enquanto por todas as partes do mundo éramos o centro das atenções.
Não
torci contra a seleção brasileira, mas, também não fiz questão que saísse
vitoriosa do campo. Estava apostando em um zero a zero sofrido, e ela conseguiu
vencer, graças à raça e á técnica do tão discutido Oscar. Neymar jogou bem,
levou cartão, driblou, fez gols, e foi considerado o melhor em campo. Eu daria
a láurea ao primeiro, ele foi mais completo que o nosso camisa dez.
Enquanto
isso, pelas ruas do país, um pai pegava o filho mascarado pela orelha e o
levava para casa; alguns repórteres se feriam nos confrontos entre a polícia e
os manifestantes, e a Anistia Internacional já pensava em culpar a polícia
pelos excessos cometidos contra os cidadãos do mundo. Sou a favor dos
protestos, mas, sou contra os vandalismos cometidos e também acho que a polícia
deve descer o sarrafo nos vândalos.
A
torcida cantou, à capela, o hino nacional, levando o Neymar ao choro, e, em
seguida, mandou a presidente às favas. E era uma torcida elitizada, com bons modos
e algum dinheiro. Durante a partida, empurraram a seleção rumo á vitória,
contando, sempre, com a ajudinha do juiz japonês, que mais parecia estar de
olhos fechados, assim como tinham de estar os jornais internacionais.
A
primeira vitória veio dentro das quatro linhas, com uma vitória não convincente,
mas, importante para as pretensões de título. Nas ruas, ainda não dá pra se
chegar a um veredito. Os protestos continuarão, e as reivindicações são muitas –
e válidas -, não obstante, é preciso saber
se são mesmo protestos puros, feitos por pessoas de bem, com boas
intenções, ou se são bagunças forjadas com ambições políticas, como aconteceu em várias
situações durante a Copa das Confederações.
Acho
que também o meu amigo Arnaldo estaria confuso com toda esta balbúrdia. E,
também ele não haveria de saber se torceria contra ou a favor do Brasil. Pois
que o Arnaldo, assim como bem sabe a minha sua esposa, era um cara de valores
patrióticos, mas, sobretudo, era uma pessoa de princípios, que torcia pela ordem
e pelo progresso, custasse o que custasse.
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