sexta-feira, 8 de setembro de 2017

UM POEMA BRASILEIRO

Toda poesia inicia-se num devaneio metafísico.
Algo como uma pequenina e aloprada andorinha
Perdida num intenso (e imenso) matagal de ilusões.
Mas
Eis que a minha poesia
Que cisma em ser rústica e sistemática
Descamba às profundezas da politicalha
Inundando-se nas várias caixas em aranzel
Para
Depois
Já mais calma e influente
Poetizar-se num rio seco de emoções
Onde já não chovem mais palavras
Nem emergem dos sulcos queimados
Quaisquer gotículas de esperança.
Ao longe,
Enquanto minha triste poesia canta
Uma mínima luz me surge
Como uma lucidez em meio à noite
Escura, solitária e impiedosa
Desta gleba podre e sem futuro.

Um comentário:



  1. Meu caro confrade como o tempo ajuda, de suas primeiras poesias para as de hoje, posso lhe parabenizar, sem saber a letra o, mas vamos lá, é um poeta que da gosto ouvir...

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