domingo, 29 de setembro de 2019

MACONDO


Toda a poesia derretida
Jogada a um canto do asfalto quente.


Alguns passarinhos escondem-se na velha árvore.
A solidão caminha pelas sombras dos muros
Sobre as calçadas
Escondendo-se do sol escaldante.


Vez ou outra um vento surge
Sopra algumas folhas de um lado a outro
E volta para o seu leito ofegante.


Em meio ao silêncio sufocante da tarde
Uma cadeira balança ao longe


E um assobio triste começa a soar.

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