Aparentemente, a direção atleticana estava repleta de boas intenções; mas, indubitavelmente, estava também tomada por incompetentes. Não tinha para onde correr; do jeito que as coisas andavam, o vexame dessa quarta-feira de cinzas era inevitável.
Assim como a maioria dos alvinegros, eu apoiei a chegada do Dudamel, pois era uma novidade, o renascimento da esperança de toda uma torcida. E, assim como a maioria, também aplaudo a saída do venezuelano, de Rui e Marques, o retrato de mais uma esperança frustrada.
Frente às tantas ações fracassadas, fica a dúvida se o presidente demitiu o técnico e a diretoria por convicção, ou se o fez devido às inúmeras pressões que vinham das redes sociais e, sobretudo, dos veículos de jornalismo esportivo. Mas isso não importa, o importante é que, pela enésima vez, renascem as esperanças alvinegras.
Que venha um novo diretor e, sobretudo, que chegue com planejamento, conhecimento sobre a história do Galo, com ousadia e responsabilidade. Em tempo, que se contrate um treinador que tenha a capacidade necessária para treinar um time de tamanho imensurável, com uma torcida extremamente apaixonada e que sempre acredita que irá vencer, vencer, vencer.
Fosse eu o presidente, iria imediatamente atrás do Cuca, um técnico experiente, conhecedor do espírito atleticano. Daria ordens explícitas para que fizesse à sua maneira, mas reconquistasse, com muita luta, o orgulho do torcedor alvinegro.
Não há dúvidas de que os jogadores têm grande parcela de culpa em cada vexame sofrido neste ainda início de ano; mas, convenhamos, temos um time decente, capaz de levar, novamente, o nome do Clube Atlético Mineiro aos píncaros do futebol. Afinal, quem não desejaria ter no seu time jogadores como Víctor, Igor Rabello, Gabriel, Arana, Mailton, Allan, Jair e Tardelli, além de vários outros bons nomes do futebol sulamericano?!
Fatidicamente, ainda em fevereiro, o ano do atleticano vai chegando ao fim. O Brasileiro é um sonho distante, quase impossível, frente ao poderio do Flamengo, Palmeiras e Grêmio.
Assim, resta planejar e, sobretudo, colocar os planos em prática, visando a classificação à Libertadores e, com muita competência, a conquista da América em 2021. E que o Mineiro seja a preparação mais adequada para um Brasileirão de redenção. E tenho dito!