segunda-feira, 13 de agosto de 2012

TRÊS SITUAÇÕES DISTINTAS


Findada mais uma rodada do Campeonato Brasileiro, Séries A e B, é possível notar três situações distintas entre os mineiros. O América ainda tentando se reencontrar, agora sob o comando do técnico Milagres, sendo pressionado pelo tempo escasso e o excesso de cobranças; o Atlético navegando por águas tranquilas, como há muito não se viam pelos lados da Cidade do Galo e o Cruzeiro ainda se mostrando bastante irregular, com vitórias que não convencem e derrotas que assustam.

O América precisará de tempo para engrenar com o técnico Milagres, no entanto, em um campeonato tão corrido, não é garantido que o ex-goleiro terá a paz necessária para realizar o seu trabalho. Neste final de semana, o Coelho perdeu a sua quinta partida seguinte e vê, assim, os líderes distanciarem ainda mais. Não é, ainda, a hora de se desesperar; mas é preciso que ações concretas sejam realizadas com urgência, senão o time amargará mais um ano no inferno da Segundona.

O Atlético, apesar de tudo e de todos, venceu, Domingo à tarde/ noite, o Vasco da Gama, por 1 a 0, no estádio Independência. O time vem demonstrando um futebol coeso e coerente, devendo se atentar, principalmente, aos problemas plantados dentro do clube. Este final de semana, por exemplo, surgiu a notícia de que o presidente do clube teria ido à concentração para tomar satisfação com o Réver e o Danilinho, por causa das supostas brigas que ambos protagonizaram em uma exposição em Sete lagoas, e, como consequência, teria discutido com o RG49. Não foi confirmada a veracidade do fato, mas é preciso que assuntos como estes sejam evitados, caso contrário, todo o trabalho pode ir por água a baixo.

O Cruzeiro venceu o Bahia, no estádio Pituaçu, por 1 a 0, gol do argentino Montillo, depois que o técnico Celso Roth mudara quase todo o time em ralação ao que perdera a partida anterior. Não foi uma boa partida celeste, apesar dos três pontos e a verdade é que o Roth não está se encaixando no time. O técnico parece perdido, sem saber como agir, em que confiar, o que falar. A torcida precisa ter paciência e a sabedoria de que com este time os sonhos devem ser menores, pelo menos neste ano, afinal, o que houve foi um planejamento mal feito pelo atual presidente, reflexos das heranças malditas deixadas pelos Perrelas. Tenho dito!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

TODO MUNDO JOGANDO BEM


Numa noite de casa cheia, o Galo conseguiu a sua sétima vitória consecutiva e continua na liderança do Brasileirão. Não dá para avaliar o time apenas por uma partida, afinal, o grupo do Santos estava desfalcado de nomes importantes como Neymar, Ganso e Gabriel, transmutando-se, assim, em um time normal. Mas se observarmos toda a campanha atleticana até aqui é fácil concluir que o time vai muito bem, obrigado.

Ontem, todo o time do Galo jogou bem. Víctor salvou o time, nas poucas vezes em que foi exigido; a defesa mostrou-se bastante segura, com o Réver marcando um gol e Marcos Rocha participando dos dois tentos atleticanos; o meio de campo fez a sua parte, defendendo firmemente com o Serginho e o Pierre e municiando o ataque com Bernard e Ronaldinho; enquanto o ataque mostrou toda a sua força com Jô e Danilinho, que também marcou um gol.

Ao contrário do que acontece, atualmente, com o Cruzeiro, o Atlético tem um time pronto, com jogadores reservas de qualidade que, como disse o Kadu Doné, na transmissão da rádio Itatiaia, poderiam facilmente ser titulares em qualquer outro time do país, haja vista que, na partida de ontem, entraram, no final do jogo, o Filipe Souto, o André e o Guilherme; jogadores de qualidade incontestável.

O Galo vem jogando com qualidade, humildade e raça, conseguindo, assim, as vitórias e a liderança do campeonato. Domingo, porém, acontece o que, talvez, seja o jogo mais importante até este ponto do Nacional: Fluminense e Atlético. Ambos os times são compostos por jogadores de qualidade como Fred, Jô, Deco e Ronaldinho Gaúcho. Na minha opinião, ambos os times se equivalem, por isso, podemos ter o jogo mais emocionante do campeonato.

Não há de se afirmar que tenha um franco favorito para o jogo de Domingo. Talvez o Fluminense tenha uma pequena vantagem por jogar diante da sua torcida, o que, para o Galo, não vem sendo qualquer empecilho, haja vista que venceu o vários times grandes no campo adversário. O título ainda não tem um dono, mas, sem sombra de dúvidas, Atlético e Fluminense são grandes candidatos a ficar com a taça. Tenho dito!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

AINDA O GAÚCHO E O GALO

    @ElismarSantos


 Não se pode negar, o Ronaldinho Gaúcho mudou a rotina da Cidade do Galo, de BH e de Minas. Não se pode, ainda, afirmar se ele será o reforço tão desejado pela torcida ou se será somente mais uma jogada de marketing do Atlético. Os atleticanos esperam que seja a primeira opção, já os adversários...

     Uma coisa, porém, está bem clara: todos estão contra o dentuço e, consequentemente, contra o Galo. Para se ter certeza disso, basta observar a má-vontade dos cariocas em liberar a documentação do atleta e a incompetência de muitos que permitiram a demora e, não obstante, a impossibilidade do Ronaldinho estrear na noite de hoje... Os baianos agradecem!

     Apesar de tudo isso, o Atlético tem tudo para vencer na noite de hoje. Basta que o time, que é de boa qualidade, pelo menos no papel, jogue a bola que sabe. Meu time, hoje, seria: Geovani, Marcos Rocha, Júnior Cesar, Réver e Rafael Marques;  Pierre, Richarlyson, Bernard e Escudero; Danilinho e Jô. Acredito que seja este também o time do mestre Cuca.

     Com a entrada do Gaúcho, tiraria o Escudeiro e colocaria o Andréno lugar de Danilinho. E olha que ainda sobrariam o Guilherme e o Leandro Donizete, além do Mancine no banco de reservas.... E o Filipe Souto, então! Convenhamos é um grande time NO PAPEL. Mas, o grande problema é que PAPEL NÃO JOGA BOLA!

Abraço do poeta!

DIVAGAÇÕES SOBRE A VIDA E A MORTE

  DIVAGAÇÕES SOBRE A VIDA E A MORTE

@ElismarSantos


  Os carros passam em disparada, enquanto, sentado no velho banquinho de cimento, bem no centro da pracinha, ele observa tudo e todos. Ninguém lhe vem bater um papo, jogar conversa fora, falar sobre coisas vãs. Apenas os pássaros estam do seu lado, alguns comem as migalhas que alguns transeuntes deixam cair, outros cantam sobre a grama verde da praça. Ele apenas  observa e isso já lhe é o suficiente.

    Não é tão velho, mas já tem vivido bastante. Já tivera, também, essa pressa que os jovens possuem; por isso, já correu de um lado para outro atrás de dinheiro, de mulheres, de status. Hoje não corre mais. Fica todo o dia sentado naquele banquinho. às vezes, lê umlivro, embora as suas vistas já não estejam tão boas quanto antes, mas, quase sempre, apenas observa.

    Não sente remorso de nada do que tenha feito, apenas sente pena daqueles homens e mulheres que passam céleres à sua frente. Eles não vivem, assim como ele não viveu, e, certamente, quando ficarem velhos, sem dinheiro e sem amigos, haverão de escolher um velho banco de uma praça qualquer e ficar, todo o dia, a observar a vida que passa, a esperar a morte que nunca chega.

     Não diz nada aquele senhor, apenas olha, observa a cena: uma mulher que passa a arrastar a menininha chorona; um homem de cabelos grisalhos apressado com uma maleta à tiracolo; uma mocinha com um celular pregado ao ouvido, e tantos outros que apenas andam, correm, mas não vivem, não sabem que a vida é curta e que a morte é infinita. Pobres coitados! E uma tristeza incomensurável toma conta do pobre e triste velhinho sentado no velho banco da praça.

QUINZE ANOS

    QUINZE ANOS

@ElismarSantos


 Os cabelos despenteados a caírem sobre os olhos everdeados; os pés descalços a correrem rápidos sobre as pedras pontiagudas da ruela; a saia branca esvoaçando e deixando ver as suas pernas grossas, torneadas e quase sem pêlos; os seios durinhos a balançarem rijamente; o suor descendo pela testa, escorrendo pela face, até chegar aos seios já quase à mostra sob a blusinha branca que está quase transparente de tanto molhada.

     O calor é terrível, apesar do pouco de vento que faz àquela hora. A paisagem não é bonita, por isso ela nem olha para os lados, apenas corre. Os homens, todos eles sentados à porta do boteco, observam de olhos arregalados a correria da ninfeta. Alguns assoviam, outros dão gritos de tesão, mas ela não ouve, não olha, apenas corre em disparada. Atrás de si, sobe uma poeira avermelhada e debaixo dos pés lisos é possível observar alguns pequenos furinhos, todos feitos pelas pontas dos pedregulhos.

     Ela chega em casa esbaforida, arfante, o fôlego já quase acabado. Os seios ainda estão rijos, conserta a blusa e olha para vê se eles não estão à mostra; conserta a saia, antes que a mãe brigue. A mãe esta no tanque, lavando as roupas da semana; o pai ainda não chegara, só aparece depois da noite caída e com a cara cheia de pinga; o irmãozinho brinca no quintal. Grita pra mãe que já chegou e que a tia não estava em casa. Não fala dos homens que a assoviaram, nem que viera correndo e, quando a mão diz que ela chegou muito rápido, responde apenas que viera ligeirinho.

     Não vai tomar banho ainda; aquele cheiro de suor que ainda exala do seu corpo lhe parece gostoso. Vai até o filtro e toma uma boa dose de água; passa pelo irmão e lhe dá um peteleco na cabeça; lembra que amanhã haverá aula de Química e ela ainda não fizera o exercício. Ele pode ficar para mais tarde; por isso, vai até o banheiro, lava os pés; passa pela cozinha, põe uma copada de café e pega umas dez bolachas amanteigadas; senta-se sobre o sofá, coloca as pernas cruzadas e liga a TV. Já é tarde e está passando o Chaves, seu seriado favorito. Os homens sentados à porta do Boteco ainda comentam a sua beleza, a sua gostosura, sem saber, pobre coitados, que ela é ainda apenas uma garotinha, na puerilidade de seus quinze anos.

VISITEM O www.elismarsantos.com.br

terça-feira, 5 de junho de 2012

A DOR NUMA TARDE DE SOL


 A DOR NUMA TARDE DE SOL


@ElismarSantos

 
   Era uma tarde de sol e os homens ainda não voltavam do trabalho. Sentado na varanda, o menino olhava as mulheres que subiam ou desciam a rua. Ele observava profundamente, e via que eram mulheres sofridas, que não trabalhavam nem estudavam, apenas sofriam. Ele não sabia bem por que elas sofriam, mas sentia que era por alguma coisa muito triste.

     Ele também não imaginava o quanto elas sofriam de fato, nem conseguia entender o porquê; mas um dia, muito tempo depois, ele cresceria, e sofreria também. Daí ele entenderia tudo aquilo que as mulheres sentiam naquela tarde de sol. Ele saberia que aquelas eram mulheres simples, que não possuiam mais sonhos e nem ao menos simples esperanças quanto um futuro melhor.

     Naquela tarde de sol, enquanto olhava as mulheres que, tristemente, subiam e desciam a rua, ele chorou. O menino chorou desregradamente e a mãe veio buscá-lo e preparou-lhe um forte chá de camomila. Ele não sabia porque chorava, apenas uma mágoa lhe apertava o peito e ele desabafava. Mas muito tempo depois ele haveria de chorar daquele jeito e, tristemente, suamãenão lhe traria o chá forte de camomila; só então ele saberia o quanto dói uma dor de amor.

CEM ANOS DE SOLIDÃO

   
                               
CEM ANOS DE SOLIDÃO





@ELISMARSANTOS



     Fiquei sabendo, ainda aqui em Luís Pires, que assaltaram o banco do Brasil em Coração de Jesus. Segundo consta, foram cinco caixas eletrônicos deteriorados e todo o dinheiro roubado. Confesso a inexatidão dos fatos. O que se ouve são murmúrios, apesar de terem dito que a notícia se dera pela tv, sendo assim, acredito que seja verdadeira. Mas, estou certo, isto é um sinal de alerta.

     No final de semana, comemoramos o centenário da cidade. Uma "pacata" urbe, com cerca de 26 mil habitantes, a quase 400 km da capital mineira; enfim, uma típica cidade interiorana. Shows com rasta Chinela, Cezar Menotti e Fabiano e Baião Tropical animaram os festeiros - e forasteiros - na receptiva cidadezinha.

    No Sábado, disseram ter havido tiros em um posto da cidade, onde havia grande aglomeração de indivíduos. E, agora, este assalto! Não dá mais para se viver em paz; foram-se os tempos em que nossas crianças podiam brincar na porta da rua, sem que tivessemos qualquer preocupação; foram-se os tempos que podíamos andar durante as noites pelas ruelas calmas, sem nos preocupar com bandidos; foram-se os tempos em que a felicidade era aqui.

     Não há um culpado. Não é problema político, nem religioso, ou mesmo filosófico. A verdade é que estamos chegando ao fim da picada. Haverá o tempo em que não existirá mais um oásis onde possamos descansar nossos corpos sem a preocupação com o vizinho; haverá o tempo em que nem mesmo na solidão de nossos quartos estaremos seguros; haverá o tempo em que não haverá mais tempo algum...

     Neste instante, tudo o que restarão serão apenas as poesias e as lembranças de que, a quase cem anos passados, a vida era apenas um pontinho branco que se jogava pelas ruas e morros da cidade e os únicos perigos que haviam eram os fantasmas e os casais de namorados debaixo das árvores pequenas. E aí, todos veremos que, naquele tempo, tudo era bem melhor!

                                                            

SALVE CHINA AZUL

100 ANOS
Salve china azul

                                                                                                      @RenatoCheloni


     Não digo que seja dor de cotovelo e nem digo que seja inveja. Vejamos, meus caros, estou com saudade do meu time, um time aguerrido; um time sem temor; um time que partia pra cima com vontade de vencer; mas , ultimamente, não é isto que vejo no cruzeiro.


     Enquanto vemos o nosso maior rival assinar contrato com os administradores do estádio independência, fazer contratações de peso, o Cruzeiro vai navegando pelos mares cada vez mais temerosos e sombrios.


     O que nos resta fazer? Apoiar; acreditar que o Celso Roth consiga tirar este time desta mesmice e torcer para que os novos contratados consigam devolver ao Cruzeiro o caminho das vitórias. Esperamos que o nosso Cruzeiro volte a navegar por mares mais calmos e encontrar, novamente, o caminho glorioso das vitórias.


E o mais importante é ACREDITAR SEMPRE!!!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

R10 NO GALO!

@LELEOCARNEVALI


Boa noite.

Foi como num filme aonde tudo muda repentinamente.

Enquanto todos focavam no Fórlan, o audacioso presidente do Clube Atlético Mineiro, num golpe de mestre, contratou, à jato, o Ronaldinho Gaúcho.

 Penso que esta contratação foi excelente e em dois aspectos: O R10 não esqueceu como se joga futebol e a rentabilidade que a imagem dele trará para o Galo das Minas Gerais.

 Para sermos um clube grande temos que pensar grande, ousar sem medo de errar.

 Parabéns Alexandre Kalil!

Que o R10 venha para somar, para jogar COM MUITA RAÇA E AMOR.

Seja muito bem-vindo Ronaldinho, a massa te saúda!

R10 NO GALO


 @ElismarSantos


     Nada de futebol para assistir. O Domingo teve apenas um jogo medíocre, de uma seleção muito fraca. Para resolver o problema deste marasmo, só mesmo o Galo Mineiro, sob a chancela do Alexandre Kalil, contratando o "grande" Ronaldinho Gaúcho, o R10. Porém, eis a questão: "Quem veio para o Galo, o craque ou o baladeiro"? 

     Sem qualquer dúvida, a idéia do Kalil é simplesmente fazer uma jogada de marketing. Ou não? Não espero que o R10 jogue o futebol que o consagrou no Barcelona ou no Milan. Fato é que o que se tem, no passado recente, do Ronaldinho, são simplesmente as baladas, a falta de comprometimento e um caminhão de encrencas com a diretoria do Flamengo.

     É certo, Ronaldinho já está causando um grande alvoroço em Minas Gerais, no Brasil e, certamente, em todo o mundo, por aprontar e daí alguns dias já está em um grande time do país. Só espero que a contratação não seja um tiro no pé. Se o jogador veio, que seja como craque, um bom ótimo reforço, e não o baladeiro que irá animar as noites belorizontinas. Enfim, que Deus nos proteja - e que o R10 jogue a bola que sabe!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

DIA DE ESTREIA

EM BREVE INAUGURAREMOS O NOSSO SITE: www.elismarsantos.com.br E, ENTRE AS VÁRIAS NOVIDADES, NA PARTE DE ESPORTES TEREMOS A PRESENÇA DO CRUZEIRENSE RENATO CHELONI E DO ATLETICANO LÉO CARNEVALLI. LEIAM AQUI O TEXTO DE AMBOS:


DIA DE ESTREIA


@LeleoCarnevalli


     O Atlético entrou em campo, neste Domingo, sabendo das suas limitações e deficiências contra o Corinthians. Mas esse não foi um fator capaz d eimpedi-lo de ganhar. Com um primeiro tempo sem muitas emoções, notei outra postura do Galo Mineiro no segundo tempo, sem se esconder e partindo para cima; desordenado, é verdade, mas atacndo, mesmo com o Mancine e o Richarlyson errando muito. O Galo foi se impondo, mostrando uma marcação forte, mas sem criatividade para o último passe.

     Com a entrada do Junior Cesar e Escudero, o time mudou de postura e soltou-se. O passe melhorou um pouco e, com isso, também o jogo melhorou. Depois do gol, o Galo Mineiro perdeu algumas chances, mas, no final, saiu vitorioso o time que mais procurou o jogo, mesmo sem ter muita qualidade.

     Ponto positivo foi o destaque do Junior Cesar, que mostrou muita garra e determinação. Acredito que com a chegada de um meia armador o time pode deslanchar no Campeonato.

     Agradeço imensamente ao amigo Elismar pela oportunidade dada a mim! E uma ótima semana atleticana a todos!

A SOLIDÃO DE UMA SEGUNDA-FEIRA

A SOLIDÃO DE UMA SEGUNDA-FEIRA                               

@Elismarsantos


Apenas a solidão me acompanha
Nesta aconchegante tristeza.
Não bebemos Champanhe,
Não cantamos bolero
E nem ao menos
Escrevemos belas poesias.
Apenas sofremos,
A poesia e eu,
Como se nada mais nos faltasse.
E assim, completamo-nos
A solidão, a tristeza e eu,
Todos envoltos nesta áura de paixão
( Ainda incompreendida).

domingo, 27 de maio de 2012

SAUDAÇÕES, CHINA AZUL

             SAUDAÇÕES, CHINA AZUL


                             @renatocheloni



     Parabéns ao meu amigo Elismar Santos, o qual conheço apenas pelo Twitter, pelo Site que será lançado nesta semana, e agradecê-lo pelo espaço cedido para que eu possa comentar os jogos do maior de Minas, o nosso querido Cruzeiro, que não vive, temporariamente, os seus melhores momentos.

     O Cruzeiro me preocupa bastante. E isso acontece desde o ano passado, quando lutou para não cair à Série B, conseguindo se safar apenas na última rodada, goleando o nosso maior rival, o que serviu apenas para mascarar a triste realidade do time.

     Acompanhei de perto quase todos os jogos da Raposa em Sete Lagoas, e o time não me convenceu. Mereceu, sem sombra de dúvidas, ficar de fora da final do Campeonato Mineiro.

     O que mais me preocupa agora é a iminência da Segunda Divisão. Perdemos muito tempo com o fraquíssimo Mancini. Com a Chegada do Celso Roth parece que as coisas melhoraram um pouco. O time vem jogando muito recuado, acredito que pelo fato de estarmos ainda muito expostos, e o técnico preferiu arrumar a defesa em primeiro lugar.

     Gostei da estreia do Tinga, com muita raça e vontade. O Fábio quase entregou o jogo, mas ainda tem crédito com a torcida, faz tempo que vem nos salvando.

     Vejamos, então, o que o Cruzeiro irá arrumar contra o Botafogo. Acredito em mais um jogo difícil; teremos uma semana inteira para arrumar a casa e buscar maior entrosamento e a esperada vitória. 

                       Boa semana a todos!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

ENTRE GATOS E CÃES

     Já é noite e o frio intenso. Lá fora, os cachorros latem; talvez na briga por um osso. Bem no portão de minha casa, um gato mia acuado; talvez com medo dos cachorros que ladram.

    Esta última palavra lembram-me os ladrões. Não que os veja por aqui, mas o fato é que nunca sabemos, de fato, quem é o larápio. Assim, que fiquem o gato e os cães em estado de alerta, afinal, o dito pode ser qualquer um deles; ou eu.

     Isto mesmo. Que atire a primeira pedra aquele que confie plenamente em si próprio. Eu mesmo tenho amigos que chegaram ao absurdo de instalar câmera de segurança dentro do próprio quarto, só para terem conhecimento do que fazem enquanto dormem.

    Eu, da minha parte, não me confio plenamente, mas, assim como o gato- que ainda está no portão- sou adepto do miado. Fico no meu cantinho, amuado, e, quando menos esperam, eis os urros e patadas. Mas com este frio e este vinho, tudo é mais difícil!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

AOS AMIGOS EM BH

                                                    AOS AMIGOS EM BH


                                                                                               @ElismarSantos



Ao meu amigo Renato
Digam que em Coração a chuva cai intermitente
Que o sertanejo anda com o sorriso escancarado
E que os pássaros não cessam de cantar

Digam também, que a Ricci e o Léo
                                 Ainda se amam como dantes
Que o Mayron e o Alex trabalham juntos
                                  Em defesa da pátria amada
Enquanto o professor Roque poetisa.

Digam ao meu amigo em BH
Que os buracos nas estradas são constantes
E a única alternativa viável
                                         São as rezas dominicais.


ALCIONE (II)


ALCIONE (II)


@ElismarSantos



As notícias chegavam aos ouvidos de Marieta, a esposa; mas ela não lhes dava ouvidos. Conhecia bem o marido e sabia da sua morte. Não cria em covardia de onça; tinha sido o rio quem o levara. Talvez tivesse passado mal as águas levaram-no ao seu descanso. Melhor assim, fica a incerteza da morte e a esperança da vida.

Depois que o velho sumira, o caçula transformou-se. Deixou os afazeres domésticos; armou-se da foice e da enxada e desceu para a roça. Passou a beber, primeiro apenas uma dose antes do almoço e do jantar, até enveredar-se por várias noites de farra.

Numa manhã comum, arrumou suas roupas numa pequena mala; dividiu com a mãe o dinheiro da última colheita e partiu. A mãe não tinha mais forças para lutar. Não pediu que ficasse, apenas que jurasse que nunca mais a haveria de esquecer. Por muito tempo ela ficaria encostada junto à porta, mesmo depois que o filho desaparecesse na curva daquela velha estrada, e, no peito, uma dor profunda doía sempre mais, como tinha sido nas outras onze vezes em que um filho saía do desconforto de suas asas.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

ALCIONE


ALCIONE (I)

@ElismarSantos


Encostada junto à porta, o lenço encardido por entre as mãos, a mãe o via partir. As lágrimas escorriam pela face enrugada daquela mulher; aquele era o último, o caçula dentre doze irmãos, a sair daquele casebre. Os outros nunca mais haviam voltado, não mandavam notícias, nem cartas. Sumiram no mundo em busca de um futuro melhor, a procura de riquezas, fugindo da seca e da fome.

Quando Leônidas, o penúltimo, partira, Chico ainda estava ao seu lado. Alcione era ainda um menino, contando uns nove ou dez anos. Tinha sido o marido quem segurara toda a barra mais pesada, da vez em que ela adoecera, caindo por mais de quinze dias sobre a cama. Era ele quem cuidava da casa, do menino; quem fazia os chás e levava até a sua cama. Tudo passara a ser da sua conta.

Os meninos forma saindo um de cada vez, durante onze anos, até que este quebrou a rotina. Dizia não ter forças para sair pelo mundo, alegava apego aos bichos, à roça, aos pais. Sua vida se resumia ao trabalho na roça e no auxílio à casa. Quando pequeno, não ia à roça, ao contrário do que acontecera com os irmãos. Assim, enquanto o pai descia para o plantio, a limpa, ou a colheita, preferia ficar em casa. Fazia o almoço, ajudava na arrumação da casa; lavava as roupas menores e menos encardidas. Ajudava a sua mãe.

O pai não gostava daquele hábito, mas já estava velho, cansado e sem forças para reclamar. Dessa forma, sua desaprovação limitava-se aos seus pensamentos e isto já lhe era o bastante. Trabalhava do raiar do dia ao pôr do sol, mas fazia tempos que não sentia bem. Faltava-lhe o vigor e a força da juventude. O serviço já não rendia como antes e a única salvação da família era o seu parco aposento, pois o corpo já não lhe era mais de qualquer valia.

Num dia comum, o velho partira para o trabalho, deixando para trás a mulher e o menino. Ao cair da tarde nm.ão retornara e nunca mais se teve notícias suas. O que restou foram apenas suposições; e, dentre as tantas, algumas diziam que ele havia sido comido por alguma onça faminta; outras afirmavam que ele tinha fugido daquela vida sofrida, dali para bem longe, junto de outra mulher. Existiam ainda as más línguas que juravam que o pobre homem havia ido embora por causa do filho, Alcione, que não lhe saíra aos outros e, que, contrariando Chico, já andava de salamaleques com outros garotos, fazendo coisas impróprias para homens de bem.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

DIVAGAÇÕES SOBRE A CHUVA

                                                  DIVAGAÇÕES SOBRE A CHUVA


@ElismarSantos


A chuva deu as caras novamente. Levemente, é verdade, mas reapareceu. Junto dela se acumulam as roupas por lavar, a lama a suja o piso de casa, as reclamações das mulheres e outros contratempos. Mas isso é o de menos, o mais importante são as benesses trazidas por ela.

Vocês já puseram reparo no quanto o dia fica mais tranqüilo diante de um dia chuvoso: os pássaros cantam com maior beleza, os filhos se comportam melhor, os motoristas e as mulheres ficam mais calmos... Quer dizer, estas até que tenham que lavar a casa ou as roupas. Mas, sinceramente, eu prefiro uma chuvinha gostosa.

Os que mais gostam da chuva são os beberrões, apesar de que para eles não existe tempo ruim. Se faz sol, bebe-se para refrescar a alma; se cai a chuva, bebe-se, então, para esquentar o friozinho que faz doer a espinha. Estes são um caso sério, aliás, seriíssimo. Não sei se existe alguma estatística a respeito, mas creio que são nestes dias que acontece o maior número de acidentes e mortes por causa da cachaça. Aff!

Mas, convenhamos, a chuva não é culpada de coisa alguma. Os culpados somos nós, pobres mortais, que não sabemos apreciar sua beleza com moderação. O mais adequado é que se observe a chuvinha que cai de manhã acompanhado de um belo copo de café, algumas broas de milho ou um belo bolo de fubá. Na hora do almoço vale uma dosinha pouca de cachaça, sendo que é possível repeti-la ao entardecer, ou antes do jantar.

Vejam vocês o mais importante: na hora de dormir, com a chuva teimavam em cantar a sua toada sobre o telhado, o mais gostos é deitar precavido, com um bom cobertor de orelha e, se possível, um velho radinho de pilha, daqueles Motobrás, de bem antigamente, tocando uma boa música caipira. O resto que fique pra outra hora, em quer o sol apareça e seque nossas lembranças molhadas de chuva. Tenho dito! 

terça-feira, 15 de maio de 2012

RÁDIO-LEMBRANÇAS


RÁDIO-LEMBRANÇAS


                                                                                                       @ElismarSantos


As lembranças surgem do nada, feito os pássaros que chegam à minha janela sempre à espera de alguma migalha de pão. Bateu-me, por estes dias, uma grande saudade dos tempos em que trabalhava como locutor de rádio, o chamado “Locutor-anunciador”.

Viajava à Montes Claros, diariamente, para a faculdade; chegava à meia -noite e no outro dia já devia estar de pé às cinco da matina, a programação começava às seis em ponto. Era cansativo, não há dúvida, mas era muito legal. Era bom saber que milhares de pessoas acordavam e já se punham a ouvir o meu “Bom dia!”; era bom receber os telefonemas com pedidos, reclamações, com pessoas a fim de papear.

Destas lembranças veio o fato mais curioso: o meu primeiro teste, ainda na Central FM, rádio clandestina e pequenina, se deu com uma nota de falecimento. Isto mesmo, da tristeza de uma família, com a morte de um ente querido, nascia a minha carreira de locutor-anunciador.

Na Central não havia salário, apenas o que se ganhava com as propagandas, que eram mínimas. Depois, veio a Antena 100; rádio de oposição ao prefeito. Nesta ganhava menos de um salário e complementava com algumas poucas propagandas. Eram tempos de quase nenhuma grana, mas de muita diversão. Felicidades espontâneas que brotavam da garganta de um adolescente.

Por fim, eis que surge a 106, 7 FM. Rádio grande, legalizada, abrangendo toda a cidade e regiões vizinhas; uma potência regional. Fiz o teste e fui aprovado. Fiquei na casa por mais de ano, voltando depois mais duas vezes. Tempos bons, tempos áureos. Coisas inesquecíveis que se resumem a uma mera gravação que tenho em casa e, por caso, me pus a escutar num dia desses, o teste que fiz no pequeno estúdio de gravações.

Assim como os pássaros as lembranças vieram; apossaram-se do meu peito e transformaram-se em palavras. Signos ainda emudecidos, verdes, esperando pelo instante em que a luzinha se acenda e os microfones novamente se abram para, de novo, ecoaram pelas ondas do rádio!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

ENSAIO SOBRE A LOUCURA (!)


ENSAIO SOBRE A LOUCURA (!)


@ElismarSantos


Vejam vocês que a loucura é mesmo uma matéria interessante, uma questão que vale a pena ser tratada e, por isso, discutida por muitos, seja na literatura, filosofia ou pelos próprios populares. O complicado, às vezes impossível, é determinar o que seja loucura e o que não passe de puro charlatanismo ou excentricidade.

Em minha cidade, contabilizados, existem uns cinco ou seis loucos, declarados. Tem o que reza pedindo chuva; o que xinga palavrões a um inimigo imaginário; aquele que conta dinheiro e riquezas em bilhões e trilhões e trilhões; o que anda apressado e conversa igual locutor esportivo; o que perambula pela cidade rindo e fazendo gracinhas; o que se diz um amigão e pede um trocado para o cafezinho...

Existem ainda os loucos não declarados. Aqueles que dizem ou fazem coisas estranhas, mas que ninguém se atreve a diagnosticar como lesado. E existe ainda um terceiro caso: o daqueles indivíduos a quem, mesmo sem qualquer ação aparente, todos cismam em taxar de loucos; estes são os dançarinos, cantores, professores, poetas e pensadores. Pessoas que, convenhamos, devem mesmo ser um tanto malucas. 

Machado de Assis em seu “Alienista” já discutiu, com certa ironia, a questão dos loucos; mais seriamente, Focault também o fez. Mas, alguém me diga: o que é mesmo a loucura?! Quem pode ou não ser taxado de louco?! A verdade, penso eu, é que vivemos numa linha tênue em que sanidade e loucura caminham lado a lado, feito duas irmãs, unidas sim, mas sempre a brigarem por qualquer coisinha. Que vença a mais forte, deixando que o indivíduo caia, desta linha, no profundo buraco das divagações.

 Verdade é, caro leitor, que, enquanto, não descobrimos, com razoavelmente, quem seja louco ou não, continuemos a observá-los, com atenção e curiosidade; pois pode ser que num dia qualquer eles nos mostrem que eles é que estavam certos e que os loucos éramos nós. Nós que, num tempo de leviandades, elegemos políticos corruptos, ouvimos músicas irrelevantes e surrupiamos e postamos fotos de artistas esnobes e vazias, só para ter o prazer de vê-las nuas. Pura loucura, loucura!

sábado, 12 de maio de 2012

O CLÁSSICO DAS MULTIDÕES (?)

                                @Elismarsantos


Amanhã é dia de jogo. Melhor ainda, dia de clássico, o antigo CLÁSSICO DAS MULTIDÕES. Fato é que já não se trata mais de uma multidão tão grande assim. Aliás, nem tem porquê existirem muitos indivíduos a assistirem a uma partida de futebol, ainda que esta seja a final do Campeonato Mineiro.

Sem sombras de dúvida, se levarmos em conta os números, frios e imparciais, do campeonato, o Atlético é o grande favorito. Não obstante, se consultarmos, tranquilamente, todas as partidas anteriores, não restará a menor dúvida de que seja o América o grande candidato ao título.

O que se há de esperar para amanhã será uma partida aberta, com o Coelho buscando o gol o tempo todo, haja vista que apenas lhe interessa a vitória. O Galo, provavelmente, haverá de jogar com o regulamento debaixo do braço, já que um simples empate lhe basta.

Não sou a favor que qualquer time jogue apoiado em regulamento. É dever de todos buscar sempre a vitória, o que o América tem feito desde a primeira partida do campeonato. E enquanto isso o Galo convivia com atletas renomados e resultados insignificantes.

Que amanhã tenhamos um bom jogo. Que os deuses do futebol inspire os atletas para que apresentem um bom futebol. Que saiam muitos e belos gols. Que todas as torcidas fiquem felizes e, finalmente, que o futebol brasileiro dos tempos de Pelé e Garrincha dê as caras por aqui!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O PETRÓLEO E EU

  O PETRÓLEO E EU

  Deu no Jornal de Notícias, de Montes Claros, na edição de domingo: Acharam petróleo em Coração de Jesus, mais precisamente nas regiões próximas à cidade. E isto é bom ou ruim?! Sinceramente não tenho, ainda, uma ideia formada sobre o assunto.
     Disseram-me que os donos das propriedades não receberão qualquer tostão por causa das riquezas encontradas. Então, isso não é bom. Depois me disseram que serão inúmeras as benesses adquiridas com o advento do petróleo, as empresas e todo o aparato que acompanha a descoberta; e isso é bom.
     Veja bem, caro leitor, realmente não tenho uma opinião própria; ademais, sou um leigo total no assunto. A única coisa que conheço sobre o produto é que surge a partir da decomposição de ossos e outros organismos que existem há tempos debaixo da terra e que, depois de misturado a outros ingredientes, e coisa e tal, transforma-se na gasolina que abastece a minha moto e me leva ao meu serviço, como professor de Português.
    Por fim, que venham as benesses da nova descoberta e que o contratempos sejam resolvidos a contento entre os donos e os descobridores. O único problema agora, acho eu, talvez seja chegar a um consenso sobre quem seja o real dono do negócio. Afinal, o mais esperto sempre fica com o taco mais gorduroso. Ou não?!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

MEU CENTÉSIMO TEXTO


MEU CENTÉSIMO TEXTO


@ElismarSantos


Eis aqui o meu centésimo texto no ano de 2012. Dentre eles é possível encontrar poesias, fotografias e Crônicas; enfim, um pouquinho de cada coisa que, humilissimamente, compõem este blog. Trata-se somente de um número redondo, o que para muitos já se torna uma grande conquista.
Não haverá qualquer comemoração, nem um churrasco ou uma cervejinha para comemorar, afinal, com este frio o mais convidativo é uma boa caminha com um cobertor de orelhas, ou não?! Por isso, afirmo, a única comemoração é interna. E olhe que é este o maior número de textos que consegui postar nestes anos como blogueiro!
São mais de 7000 mil acessos, vários comentários, 26 seguidores e visualizações de várias partes do mundo. E olhe que falo malmente o Português! Isto é o que mais me anima e faz seguir pelo caminho tortuoso das Crônicas.
Queria escrever um texto em prosa, uma história quem sabe, ou mesmo uma poesia, talvez a mais linda de todas, apenas para comemorar o meu centésimo texto, assim como fazem os jogadores ao marcarem o centésimo gol. Melhor não! Continuarei com meu simples textos, falando de pessoas simples, de coisas simples, de maneira simplória, sem maiores intenções.
Continuarei sendo somente mais um dentre a multidão. Olhando para o passado e buscando as inspirações para o futuro; sonhando alto, mas sempre com os pés no chão, sempre fazendo vôos rasantes, em busca da melhor construção textual.
Parem! Olhem para trás. Vejam os textos anteriores e façam suas próprias conclusões. Melhorei? Piorei? Continuo na mesma toada? Agora, Pare (de novo?)! Olhe para o seu passado: Melhorou? Piorou? Ou continua na mesma toada de sempre?!
Tudo depende de nós; de nossas ações. E em cada queda devemos buscar mais força para prosseguir. Ou não?! Por isso, deixe o passado para trás. Aja como os antropófagos da Semana de Arte Moderna: aproveite o que é bom e jogue o restante fora; o futuro é o que interessa. Assim, resta-me apenas agradecer pelos cem textos e suas honrosas visualizações e, sem mais delongas, miremos os duzentos! Avante, meus caros, avante!

AH, ESTE FRIOZINHO!


AH, ESTE FRIOZINHO!


@ElismarSantos


Para quem não acreditava, o frio chegou. Faz tempo que ele vem avisando a sua chegada, seja numa rajada de vento ou pelas notícias da televisão. Agora já está entre nós, de mala e cuia, com todos os seus apetrechos e os seus assovios de sempre. A verdade é que eu já estava com saudade, cansado daquele calorão que há tempos fazia por estas bandas.
As mulheres já começam a tirar do fundo do guarda-roupas os cachecóis. Ah, e como são bonitos os cachecóis das belas mulheres! Tem para todo quanto é gosto: grandes ou pequenos; lisos ou estampados; caros ou baratos. O importante mesmo é a proteção contra o frio... E o charme que dá às mulheres bonitas.
As blusas também têm o seu espaço por esta época friorenta. São blusas de marca, blusas sem marca, com, ou sem, estampa, jeans, algodão ou de couro; o que importa é que seja leve e quente. Mas existem ainda aquelas mulheres que dispensam a velha blusa e contentam-se com o cobertor de orelhas.
Verdade! Deve haver alguma pesquisa técnica, e isenta, que afirme, piamente, que o cobertor de orelha seja o mais usado entre as mulheres. Explico. Para quem não compreende, trata-se da velha e boa companhia, tanto para as mulheres quanto para os homens. E é nesta época que eles mostram a sua cara.
Comumente, a partir de agora, poderemos ver, pelas esquinas, debaixo de árvores ou encostados nos muros, casaizinhos se aquecendo veemente, para o padecimento dos seus pais. Besteira nossa reclamar, tudo isso são reflexos da paixão latente e culpa deste friozinho convidativo de mês de maio. E, o pior, que atire a primeira pedra quem nunca namorou, encostado no muro ou debaixo de uma árvore, numa época de frio!
Pelo menos até o mês de Agosto devemos conviver com o frio. Assim, também será o nosso convívio com os casaizinhos apaixonados. Todas as noites, ou mesmo durante o dia, observe calmamente o muro da sua casa, ou a arvorezinha da porta do vizinho. Olhe direitinho! Pois eles se escondem, camuflam-se e, por vezes, pode acreditar, transformam-se numa única pessoa. Uma só, indistintamente, meus caros!