O
vento estava ainda fraco e trazia nuvens, até então, brancas e muito pouco
densas, no entanto, à medida que este aumentava a sua força, apareciam
algodoais de nuvens escurecidas, de um acinzentado grosso e raios faiscantes
que cortavam todo o seu interior como se fossem onças, animais febris, em noite
de lua cheia e tempos de cio. Era a hora da Ave Maria e o tempo, que antes era
claro e brincalhão, escurecia paulatinamente e tornava toda a estrada sombria,
pouco habitada e quase intransitável. Os bichos corriam desesperados para as
suas tocas e ninhos, enquanto as árvores tentavam se equilibrar sobre seus
próprios troncos. Era o mês de março, em meados da quaresma, tempos em que a
religiosidade era o guia do sertanejo e o medo dos demônios e espíritos do mal
encolhia a coragem dos jagunços e homens de força, fazendo destes, nada mais
que simples mortais. Eram poucos os que se atreviam a sair da segurança de suas
casas após o cair a noite e, não obstante, os que se diziam destemidos
precaviam-se com terços e rezas milagrosas - como aquelas de afastar
maus-agouros e as de se manter o corpo fechado. Era ainda o tempo prestoso para
macumbas e os serviços de pouca-fé, e as estradas, quase todas elas, enchiam-se
de velas vermelhas, orações fortes, galinhas pretas e outros objetos de
porcarias e pensamentos ruins.
O cavalo andava a trote manso, como se nem
uma rédea ou estribo o guiasse pelo caminho. Uma voz desafinada tentava entoar
um cântico triste, a qual, vez ou outra, era interrompida para um pigarro ou
uma reclamação. José tentava se equilibrar sobre o selote do cavalo, mas sentia
que alguma coisa o tentava puxar para junto do chão. Sustentava-se com muita
dificuldade e quase não podia enxergar o que havia à sua frente. Fiava-se no
cavalo que conhecia todo o caminho a ser percorrido como se fosse uma parte da
sua pata. Sentia cabeça rodando e o corpo cansado, como se estivesse quase por
adormecer, tentava manter-se acordado, no que sempre se via traído pelo
cansaço; algumas vezes se esquecia das pernas e, outroras, não tinha mais o
tato dos dedos e das mãos, então soltava as rédeas e se deixava cair deitado
sobre a crina do seu cavalo, o único amigo que lhe havia resistido a todos os
problemas e tempestades.
Primeiro foi uma luz intensa que quase o
pôs cego; depois foi um estrondo forte e virulento que quase o ensurdeceu. O
cavalo, num átimo de medo e espanto, saltou de costas e dando solavancos para
frente e para trás, saiu em disparada pelos lados de onde vinha vindo; José,
que quase não tinha mais segurança dos seus sentidos, no primeiro solavanco do
animal, despencou da montaria, sendo jogado fortemente com as costas contra o
chão. O bate foi forte, causando um grande estardalhaço entre os animais que
presenciaram aquela cena, no entanto, não foi o suficiente para que ele
perdesse de todo os sentidos. Uma lágrima caiu dos seus olhos e, enquanto a
chuva começava a desmoronar, não sentindo mais as pernas, buscou forças para se
arrastar até debaixo de um pequizeiro, onde, chorando copiosamente, adormeceu
sob os raios e os trovões que cortavam os céus em grande velocidade, enquanto
chamava pelo nome de madalena.
Ela olhava pela janela a tempestade que
começava a cair. Sentia saudades do Sanharó e, o que mais fazia sofrer o seu
coração, tinha saudade de sentir o corpo, de ver o rosto, tinha saudade de
ouvir a voz bonita de José. Sentia o peito apertado e um frio estranho e
envolvente cismava em lhe subir pelo corpo; sentiu-se estontear e, para que não
caísse de encontro ao chão, segurou-se à janela para que pudesse se manter de
pé. Eleovaldo, que estava numa das ante-salas da casa, veio chamá-la para que
fosse descansar:
- Meu amor, já é tarde, vem dormir; vem
descansar e se esconder deste frio, que isso pode lhe deixar febril.
Vendo que a esposa não respondia ao seu
chamado, chegou mais para perto dela e envolvendo-a pela cintura afilada,
abraçou-a calorosamente. Madalena refutou aquele abraço com uma palavra
carinhosa, mas, dentro de si, sentia uma grande ojeriza por aquele homem que a
envolvera e tinha vontade de vomitar. Logo que ele saiu para o seu quarto, ela
deixou que uma lágrima brotasse dos seus olhos, se lembrava do seu casamento,
das lembranças que tivera de José naquela noite e a vontade que tinha de fugir
daquele momento. Tinha sido uma cerimônia bonita e todos puderam notar que o
noivo fizera todos os esforços para quer tudo fosse do bom e do melhor, ele era
um homem repleto de felicidade. Eleovaldo era quem, de fato, havia se casado,
mas Madalena tinha a sincera convicção que era a outro que ela pertencia; Nunca
havia gostado daquele homem com quem contraíra matrimônio, deixara-se levar
pelas suas palavras bonitas e sedutoras e não quisera acreditar nas verdades do
seu amor; as circunstâncias a haviam traído. Temia que já fosse tarde para se
arrepender, pagava um alto preço por não ter acreditado na verdade. Deitara-se
com outro homem, mas tinha a certeza de que a criança que gerava em seu ventre
era daquele homem há quem um dia, quando criança, fora prometida pelas águas do
Sanharó.
Os pensamentos vinham como se fossem
cascatas em sua mente, enquanto, do lado de fora, por entre as árvores e mato
fechado, a chuva, a cada minuto que passava, aumentava ainda muito mais.
Lembrava-se de Bento, e suas palavras vinham-lhe à mente de uma forma mansa e
previam todo o seu futuro: “Sabe, Madalena, o futuro é do rio, e ele diz que
ocê há de pertencer somente pra o Zé. Cê foi prometida pelo rio e ele diz que
ele é quem vai guiar ocês. E ele é quem faz o futuro d’ocês”.
Talvez, outra pessoa pudesse não crê
naquelas palavras infantis, mas ela, Madalena, sabia, de muita verdade em si,
que todas as profecias do irmão ainda haviam de se realizar um dia. Não sabia,
nem podia imaginar por quais bandas o irmão andava, mas estava com a certeza no
coração de que ele já tinha completado o seu destino e, agora, era chegada a
sua vez, tinha de se fazer realizar a profecia.
Madalena foi até o quarto em que o marido
dormia como se fosse uma pedra, trocou-se do pijama - roupa que aprendera a
usar após o casamento - por uma roupa qualquer e, de pont-pé, sem que ninguém
desse por sua falta, saiu vagando na noite escura, debaixo da chuva forte, para
cumprir o seu destino e encontrar a sua felicidade.
Talvez ao leitor possa causar
estranhamento, ou mesmo incredulidade, no entanto, faço sabê-lo que tudo o que
nestas linhas está escrito é a única e mais pura das verdades. Antes que possa
causar a alguém alguma dificuldade, cabe o esclarecimento de que nem sempre o
que me é tido como verdade, de fato, o é para quem possa parecer, logo, me
abstenho das discussões prolongadas e procuro me ater somente àquilo pelo qual
pude me convencer.
Não quis abrir nenhum capítulo especial
para uma observação tão desprovida de relevância e, não obstante, continuo a
relatar os fatos a que me prendo e digo que... Naquela noite de chuva, enquanto
Madalena, desesperada, corria pelos matos em busca do seu amor, sofrendo
arranhões, rasgões e escoriações por todas as partes do seu corpo, alguma coisa
de muito estranha acontecia na estrada deserta em que José adormecera e,
agora, já se punha a mercê do fino fio que liga o sonho e a realidade. Digo, e
repito que era tempo de quaresma; de acordo com a religiosidade cristã, época
em que sofreu o filho de Deus em momento véspero da alegria pascal; logo,
reafirmo, ainda, que era também o tempo em que muita coisa, estranha, e até
fantástica, medonha, ou esquisita, poderia, de fato e procedência, acontecer.
Uma mão pesada e muito macia tocava o seu
rosto; um cheiro de rosas tomava conta do ar; pássaros cantavam em coro os
cânticos que embalavam os seus sonhos de criança; uma chuva mansa e lenitiva
caía sobre a sua cabeça, como se fossem pétalas de rosas jogadas pelos anjos,
do ponto mais alto dos céus; e podia-se sentir que eram anjos maravilhosos,
despidos de todas as suas vestes, eram homens e mulheres e tinham os corpos
esbeltos e bem tosados pela natureza; eram anjos límpidos de qualquer pecado e
ninguém se envergonhava de sua nudez; sentiam-nos todos nus, mas não tinha
qualquer desejo, estava feliz e sentia-se em paz consigo e com todos que o
rodeavam.
Notava-se que o tempo inexistia e todas as
coisas eram, em um só tempo, o tudo e o nada. As árvores tinham as copas com um
verde vívido e os campos eram tão bonitos quantos aqueles de que sua mãe
contava quando ainda era bem pequeno; as cores pareciam fortes, mas eram
carregadas de muita paz e felicidade. Conseguia sentir os bons fluidos que
subiam do chão e das gramas verdes à beira do rio; e o rio era de um verde
quase em tom de azul e corria manso, e tinha um sorriso fácil nas suas margens,
como se se tratasse do velho Sanharó.
A mão acariciava o seu rosto e ele sentia
que pingos de chuva desciam por sua face, que estava quente como se em estado
de febre; tentou ouvir alguma coisa, mas o silêncio era profundo e acalentava a
sua alma; tentou abrir os olhos, no entanto, suas pálpebras não seguiam as suas
ordens; quedou–se no seu íntimo e tentou descansar um pouco mais. Já estava
quase adormecendo, mas ouviu uma voz que o chamava. Não que tenha se prestado
ao menor esforço, mas sentia que os seus olhos se abriam e, ao desaparecer-lhe
o véu de nuvem branca que o cegava, pôde ver, em sua frente, um homem forte e
elegante que – sentiu de si para si - era com se fosse uma sua figura num
espelho de cristal.
José nunca tinha sido homem de muitos
medos nas idéias e nem o sentia naquele instante, mas tinha o coração acelerado
e todo o corpo lhe tremia em desmantelo. Tentou se levantar e foi logo ajudado
por aquele estranho, e ele tinha as mãos macias, sem calos nem judiações da
vida no roçado. Pôde sentir um cheiro bom que exalava daquele corpo, e era um
cheiro suave de rosas e água doce dos rios; uma coisa estranha rodeava aquele
homem e era como se luzes brotassem de dentro dele e clareassem todas aquelas
árvores e os bichos que ali viviam e ele logo pôde perceber que todo aquele
mundo parecia girar em torno daquele ser.
Sentaram-se os dois sobre uma pedra
coberta por flores e rosas avermelhadas, e anjos e borboletas douradas traziam
muitas pétalas e entoavam cânticos de harmonia enquanto jogavam-nas sobre
ambos; eles se olhavam bem no fundo dos olhos e um sentimento profundo brotava
no coração de José, era como se e já se conhecessem, ou , quem sabe, fossem
irmãos desencontrados pela vida; sentia vontade de chorar e o corpo tremia como
se fizesse frio, sentia vontade de abraçar o amigo – já o tinha como se de
muito conhecido - , queria tê-lo como se fosse um grande amigo seu. Queria
fazer várias perguntas ao desconhecido, no entanto, sua voz faltava e, se a voz
não lhe faltasse, faltar-lhe-ia coragem para tanto. Ficou calado e ouviu
atentamente, quando o outro lhe falava sobre coisas de que só com ele, José,
havia acontecido. A voz do estranho saía firme da sua boca, mas era suave como
se fosse a própria voz da natureza; fosse um dia de grande tempestade em alto
mar e aquela voz seria o cântico de uma sereia que viria para apaziguar todas
aquelas águas; fosse uma noite de turvação e aquela seria a voz de uma mãe que
acalentaria o seu bebê. E ele disse:
- José, meu caro amigo, não se assuste
comigo. Talvez ainda não me reconheça, mas sabe que somos feito dois irmãos,
carne e unha, pedaços de um no outro. Sinto uma grande felicidade em poder
colocar a minha voz nos seus ouvidos. Já nos falamos muito, mas você nunca foi
de me escutar._ Ele tentava recordar aquela voz, mas irritava-se, pois cria que
sua memória teimava em lhe trair. Queria sentir muita raiva de si e daquele
outro, mas era impossível que se irritasse; tentou perguntar pelo seu nome,
quem era de onde vinha e o que queria naquele lugar... Mas calou-se novamente e
ouviu tudo aquilo que o outro tinha a lhe dizer:
- Sei que são muitas as suas dúvidas, mas
penso que em tudo posso lhe explicar... Como já lhe disse, somos velhos amigos,
muito embora você ainda não me reconheça. Mas lembre-se que, ainda hoje, se
banhou nas minhas águas, era ainda de manhã e pude ver que uma grande tristeza
tomava conta do seu coração, estava triste e muito pouco prazeroso... Sinto
feliz quando também você está e me entristeço quando você padece de tristeza ou
mazela. – José não conseguia acreditar que conversasse com a própria essência
do rio; sabia que Bento, em seu tempo de criança conversava com ele, mas não
cria que também pudesse ter tamanha alegria; ajeitou-se melhor na pedra em que
descansava o seu corpo e já não sentia mais o gosto de álcool na boca, teve
saudades de Madalena e quis chorar, sentiu um bolo formar-se em sua garganta,
mas segurou-se, se recompôs e tornou a voltar toda a sua atenção para a voz do
locutor, que dizia:
-
Consigo sentir em mim tudo aquilo que causa a sua dor, mas digo-lhe que não se
avexe, pois é findada a questão. Tudo começa um dia e noutro tem que se ter um
fim, e com a sua história não há de ser diferente. Lembre-se de que escolhi
você para me seguir e sei que não pude mais me arrepender, você é um homem de
brio e sei que a força nunca foi de lhe faltar. Sei de todo o seu sofrimento e
posso lhe afiançar que nada do que fez foi um serviço perdido... Tem a minha
bênção e só isso já lhe é um porto seguro. Não fui capaz de deixar que andasse
sozinho, no entanto, fiz com que soubesse que tinha um caminho já previsto a
seguir; lembra-se do que Bento lhe disse? Pois bem, eis que é chegada a hora,
deve ser cumprido o prometido e os destinos haverão de se cruzarem. - As
palavras dele entravam no coração de José, fazendo com que várias lembranças
passassem em sua mente, como se fossem filmes de recordações felizes, eram
recordações da sua meninice em que estavam presentes Bento, os meninos e,
principalmente, Madalena, o seu grande amor. Ele sentia uma grande saudade do
menino e suas profecias, sabia que ele tinha cumprido o seu destino e sentia-se
feliz por ele; mas com Madalena era diferente, sentia-se estranho e sempre
havia uma grande vontade de estar ao lado dela, não gostava apenas, sabia ele -
porque Bento o havia dito - que tinham sido feitos um para o outro. Sentia-se
feliz em saber que tudo estava para ter um fim , mas temia, tinha medo de que
ela não viesse, que não quisesse vir.
José permanecia estático em seu canto e,
de acordo com os relatos do Sanharó – ele falava de fatos há tempo acontecidos-
as lembranças ressurgiam em sua mente e ora eram lembranças boas, outras eram
lembranças más e que ele pensava estarem há muito tempo esquecidas. Prestava
bastante atenção no que o outro dizia, crendo cada vez mais no que ele dizia
ser; não tinha olhos para qualquer coisa que pudesse acontecer ao seu redor,
não tinha preocupações e apenas remoía-lhe, ainda, no peito a esperança de que
Madalena lhe viesse encontrar.
Ele ouvia os relatos de como os sonhos lhe
vinham à mente em noites de lua cheia e, agora, sabia que todos os pesadelos
que não o deixavam dormir eram apenas o rio que o avisava para que nunca
pudesse esquecê-lo. Conversaram, ou melhor, o rio conversou por um longo tempo,
no entanto, o tempo ainda parecia ser o mesmo; estavam em lugar que parecia um
espaço distante e, de uma forma estranha, bem dentro de tudo aquilo que ele já
conhecia.
O rio calou-se um instante, olhou para
dentro de si e, consultando uma borboleta que colhia algumas flores ao seu
lado, apontou o dedo para José, sorriu e sentou-se numa pedra recolhida do
lugar em que se encontrava. Ele, José, não entendia nada do que se estava
passando, mas sentia uma grande alegria brotar do seu peito; uma luz verde
surgiu por entre umas folhagens que estavam à sua frente, como se fosse uma
lanterna que guiava algum andante; tentou ver por entre a luz, mas era
impossível; limpou a turvação que lhe tomava a vista e sentiu uma tonteira tomar
a sua cabeça, quase caía, mas, logo foi amparado por uma mão que o segurava, e
era uma mão macia e pequena que julgava, há muito, conhecer, estava quente e
dela subia um delicioso cheiro de jasmim. Pensou querer desfalecer de alegria,
mas recompôs-se e abriu os olhos. Madalena estava com os olhos rasos d’água e
dos seus lábios nascia um maravilhoso e puro sorriso, o coração de José batia
acelerado e suas mãos e pernas punham-se a tremer; tentou dizer qualquer
palavra, mas calou-se e sentiu-se comprazido em abraçá-la, sentiu o calor do
corpo da mulher amada penetrando a sua alma e sorriu maravilhado.
Ambos se olharam por longo tempo sem que
conseguissem proferir qualquer palavra que fosse. Uma chuva de rosas verdes,
amarelas e azuis começou a cair sobre eles e os pássaros, anjos e borboletas
voltaram a entoar, em alto e bom som, os belos cânticos da mãe natureza. Nem
José ou Madalena disseram coisa alguma, pois estavam certos de que, muitas
vezes, o silêncio é o melhor remédio para todos os problemas. Digo, leitor, que
não mais naquele casal existiam resquícios de dor ou desilusão, pois, somente
um verdadeiro amor é capaz de sanar todo e qualquer sofrimento.
O rio continuava em seu assento, um trono
para o seu reinado, e era iluminado por vaga-lumes e adorado pelas borboletas e
anjos; e dos seus olhos saltavam luzes que eram flashes de prazer e alegria. A luz que os envolvia foi
se tornando cada vez mais fraca, até que pudesse, bem no meio do rio,
desaparecer na água por completo. Eram altas horas de uma noite fria e chuvosa
e um menino que, por tessitura do destino, sonhava um sonho de amor, passava
por ali e ouviu para transmiti-los, nestas folhas, o exato momento em que ambos
proferiram juntos as suas últimas palavras:
-
Eu nasci só pra amar ocê!
“Queria dizer que todos viveram felizes
para sempre, como sempre se espera de um romance feliz, no entanto, o
personagem principal da nossa história teve um fim trágico e melancólico,
morreu nas mãos do seu maior inimigo: o homem, com os desmatamentos, o uso
indevido de suas águas e o assoreamento de todo o seu leito. O rio Sanharó não
existe mais, contudo continuam vivas as suas lendas e as suas mais belas
histórias; histórias vivas do sertão.”
FIM!!!
LUÍS
PIRES DE MINAS 06-05-2006